É do Deus que se ausenta que sinto a falta
Quando está ausente da minha miséria
Na escuridão da minha noite
Quando não aparece na desordem
do meu ser
Quando não se encontra na travessia
das pontes e dos rios do desespero
Contudo, é nessa ausência
que Ele tece a paciência
que aguenta a turbulência
da minha vida
É nessa ausência que sinto a sua falta
tempus fugit
sábado, 9 de maio de 2015
quarta-feira, 6 de maio de 2015
Lugares não-existentes
"Utopia é o lugar onde nunca se chega.É o lugar do infinito pensar, do inalcançável.
Do infinito pensar em algo que sempre se pensa alcançar.
Qual é a minha utopia? É chegar a esse lugar não-existente?
Quais são os nossos lugares não-existentes?
Círculos fundos, muito prolongados, por onde sopro.
Fendas redondas por onde passa o vento.
Vento que se desdobra, em círculos infinitos de vida,
Nos quais eu tento existir."
Brooklin Bro
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Caminhar interiormente
Vimos a pedra vazia no interior da terra
A manhã. Nós não tocámos a luz
Inesperada. Pensámos
Que já o sono sendo eterno te afastara
E que farol que foste
Agora onda após onda, brasa extinta, naufragava
Nunca mais, pensámos, dormirias na proa
E quase desaprendêramos a guiar o barco
Em nossas viagens não amainaria mais, pensámos, e chegar a casa
Seria ver multiplicar-se
A nossa fome como o peixe e como o pão
Chegámos a terra porém e esperavas-nos
Os pés furados como conchas sobre a areia
E sentámo-nos em redor para comer
in Do inesgotável, Daniel Faria
quarta-feira, 16 de julho de 2014
O sagrado e o profano japonês
Templo de YAMADERA, Japão
Templo de YAMADERA, Japão
Templo de Hiroshaki
Kusama
Kusama, Louis Vuiton, NY
kUSAMA, NY
Templo de YAMADERA, Japão
Templo de Hiroshaki
Kusama
Kusama, Louis Vuiton, NY
kUSAMA, NY
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Adília Lopes, outra vez
Não gosto tanto de livros
Não gosto tanto
de livros
como Mallarmé
parece que gostava
eu não sou um livro
e quando me dizem
gosto muito dos seus livros
gostava de poder dizer
como o poeta Cesariny
olha
eu gostava
é que tu gostasses de mim
os livros não são feitos
de carne e osso
e quando tenho
vontade de chorar
abrir um livro
não me chega
preciso de um abraço
mas graças a Deus
o mundo não é um livro
e o acaso não existe
no entanto gosto muito
de livros
e acredito na Ressurreição
dos livros
e acredito que no Céu
haja bibliotecas
e se possa ler e escrever
Com o fogo não se brinca
Com o fogo não se brinca
porque o fogo queima
com o fogo que arde sem se ver
ainda se deve brincar menos
do que com o fogo com fumo
porque o fogo que arde sem se ver
é um fogo que queima
muito e como queima muito
custa mais a apagar
do que o fogo com fumo
Não gosto tanto
de livros
como Mallarmé
parece que gostava
eu não sou um livro
e quando me dizem
gosto muito dos seus livros
gostava de poder dizer
como o poeta Cesariny
olha
eu gostava
é que tu gostasses de mim
os livros não são feitos
de carne e osso
e quando tenho
vontade de chorar
abrir um livro
não me chega
preciso de um abraço
mas graças a Deus
o mundo não é um livro
e o acaso não existe
no entanto gosto muito
de livros
e acredito na Ressurreição
dos livros
e acredito que no Céu
haja bibliotecas
e se possa ler e escrever
Com o fogo não se brinca
Com o fogo não se brinca
porque o fogo queima
com o fogo que arde sem se ver
ainda se deve brincar menos
do que com o fogo com fumo
porque o fogo que arde sem se ver
é um fogo que queima
muito e como queima muito
custa mais a apagar
do que o fogo com fumo
segunda-feira, 30 de junho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Et voilá!
Andava há imenso tempo para escrever este post.Sobre uma cidade fabulosa, onde tenho tido a sorte de viver experiências muito divertidas e enriquecedoras.Porque vou para lá muitas vezes sozinha, consigo uma interioridade que me é impossível no frenesim de Lisboa.Porque às vezes vou acompanhada ou lá encontro verdadeiros amigos, divirto-me à grande.
Desde encontrar o Alexandre, a Madalena ,as Susanas, o Nuno, o Zé Manel, a Ana Luísa, a Corinne, o Ian, o Manel, o Augusto, a Tamar.. Laços e mais laços de amizade que se vão tecendo e que, de vez em quando, nos voltam à memória.
Desde encontrar o Alexandre, a Madalena ,as Susanas, o Nuno, o Zé Manel, a Ana Luísa, a Corinne, o Ian, o Manel, o Augusto, a Tamar.. Laços e mais laços de amizade que se vão tecendo e que, de vez em quando, nos voltam à memória.
Subscrever:
Mensagens (Atom)