«A Irmandade Muçulmana, o partido islâmico que venceu com 36,6% dos votos a segunda volta das eleições legislativas no Egipto, decidiu ontem retirar-se do grupo de contacto com o Exército, acusando-o de “marginalizar o Parlamento” encarregado de nomear a comissão que redigirá a futura Constituição do Egipto.
Mohamed el-Baltagui, um dos dirigentes do partido Liberdade e Justiça, ligado à Irmandade, indicou que este abandono ocorre “após as afirmações do general Mokhtar el-Mulla”, membro do Conselho Militar no poder, de que o Parlamento não terá a exclusividade das nomeações desta comissão.
“Consideramos que qualquer tentativa de marginalizar o Parlamento ou de reduzir as suas prerrogativas em favor de qualquer outra entidade não eleita é uma forma de ignorar a vontade popular”, declarou Baltagui à agência France Presse.
O general Mulla, membro do Conselho Supremo das Forças Armadas no comando desde a queda de Hosni Mubarak, assegurou que o futuro parlamento não “será representativo” de todos os egípcios, segundo declarações divulgadas ontem pelo jornal britânico The Guardian.
Em consequência disso, ele afirmou que os nomeados para redigir a futura Constituição devem também ser aprovados pelo governo de transição e por esse “Conselho Consultivo”, duas instituições controladas pelo Conselho Supremo das Forças Armadas.
Esta questão é tanto mais significativa para a comunidade cristã copta, que representa apenas cerca de 10 por cento dos 80 milhões de habitantes do país, pois é indisfarcável o receio perante a subida ao poder dos partidos islamistas, sendo que alguns deles, sendo fundamentalistas, pregam um Estado islâmico, baseado na sharia, a lei islâmica.
A redacção da futura constituição será determinante para se saber qual o verdadeiro grau de liberdade religiosa que irá prevalecer no país.»
Departamento de Informação da Fundação AIS
Mohamed el-Baltagui, um dos dirigentes do partido Liberdade e Justiça, ligado à Irmandade, indicou que este abandono ocorre “após as afirmações do general Mokhtar el-Mulla”, membro do Conselho Militar no poder, de que o Parlamento não terá a exclusividade das nomeações desta comissão.
“Consideramos que qualquer tentativa de marginalizar o Parlamento ou de reduzir as suas prerrogativas em favor de qualquer outra entidade não eleita é uma forma de ignorar a vontade popular”, declarou Baltagui à agência France Presse.
O general Mulla, membro do Conselho Supremo das Forças Armadas no comando desde a queda de Hosni Mubarak, assegurou que o futuro parlamento não “será representativo” de todos os egípcios, segundo declarações divulgadas ontem pelo jornal britânico The Guardian.
Em consequência disso, ele afirmou que os nomeados para redigir a futura Constituição devem também ser aprovados pelo governo de transição e por esse “Conselho Consultivo”, duas instituições controladas pelo Conselho Supremo das Forças Armadas.
Esta questão é tanto mais significativa para a comunidade cristã copta, que representa apenas cerca de 10 por cento dos 80 milhões de habitantes do país, pois é indisfarcável o receio perante a subida ao poder dos partidos islamistas, sendo que alguns deles, sendo fundamentalistas, pregam um Estado islâmico, baseado na sharia, a lei islâmica.
A redacção da futura constituição será determinante para se saber qual o verdadeiro grau de liberdade religiosa que irá prevalecer no país.»
Departamento de Informação da Fundação AIS
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